quinta-feira, 21 de abril de 2011

Blog do José Ilan de hoje =D

O time do impossível

qui, 21/04/11
por ilan |
categoria por a+b


O Fluminense virou o time do impossível.
Superou um começo de Libertadores péssimo sob o comando de seu ex-treinador e, com um interino sem grife mas com muito mais coragem, chegou a uma classificação espetacular.
Classificação que começou a se desenhar quando o presidente Peter Siemsen acertou decisivamente a poucas horas do jogo. Afastou Emerson, que não seria titular, e teria cantado música do Flamengo dentro do ônibus do clube.
Emerson vinha jogando muito pouco. Tanto na quantidade de jogos quanto na qualidade em campo. Depois da patacoada, abandonou o time em Buenos Aires e pegou o avião pra casa sem ver o jogo. Se o Fluminense tiver um pingo de juízo, ele nunca mais passa nem na porta do clube.
O afastamento sumário e acertado foi o recado que faltava aos jogadores. O Fluminense não foi a Buenos Aires passear ou fazer gracinha. Nâo era noite para bobalhões ou descompromissados.
E foi assim que o time jogou do primeiro ao último minuto na Argentina. Valente, decidido, muito comprometido, e sobretudo com incrível apoio de cerca de 1500 torcedores no estádio.
Cometeu erros na defesa, mas compensou com muita coragem ofensiva.
E lutou, como lutou.
Justificou como nunca sua alcunha de “Time de Guerreiros”, conquistada na reação histórica para se livrar da degola no Brasileiro, em 2009.
E voltou a suar sangue, venceu na bola e enfrentou até as patéticas bordoadas dos argentinos ao fim do jogo.
O Fluminense vai voltar pra casa nos braços de sua torcida e com pelo menos cinco boas razões para celebrar:

1 – Terá um adversário apenas regular na segunda fase da Libertadores, o Libertad do Paraguai, a quem eliminou em 2008.
2 – Exorcizou de vez o fantasma de Muricy Ramalho, que deixou o time no buraco e disse outro dia, em ato falho, que “treinador bom não foge”.
3 – Uniu o time em uma vitória épica e redentora, que não lhe garante nada no futuro, mas certamente aumenta em muito as chances e a confiança.
4 – Aumentou o cacife de Enderson Moreira, seu técnico interino sem grife, sem banca, ainda um pouco inseguro, mas que recuperou a coragem do time e o orgulho do torcedor.
5 – E sobretudo, o Fluminense continua a se livrar dos ratos, de várias espécies e tamanhos, que de fato infestavam o vestiário.
Como sabemos, ratos são uma das mais resistentes pragas sobre a Terra. Mais até do que matemágicos sem noção que se expõem ao ridículo.
Mas, pelo visto, incapazes de derrubar o time do impossível.

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